A Visão Sistêmica da Necessidade de Aprovação: Entendendo as Dinâmicas Profundas

Você anseia por aprovação? Sua autoestima é moldada pela opinião dos outros? A sensação de falta de controle permeia sua vida, gerando inseguranças? Descubra como superar esses desafios e trilhar o caminho da autoaceitação, independente da validação externa.

A visão sistêmica, segundo Bert Hellinger, oferece uma perspectiva holística que vai além do indivíduo, explorando as interconexões familiares e as dinâmicas que moldam os padrões comportamentais. A necessidade de aprovação, muitas vezes enraizada em experiências familiares complexas, reflete a influência dessas dinâmicas na busca por validação externa. Traumas, relações familiares disfuncionais ou padrões transmitidos de geração em geração podem contribuir para esse anseio por aprovação.

Quando a Busca por Aceitação Encontra Obstáculos

Bert Hellinger em seu livro “Mística Cotidiana” diz:

“Por vezes acreditamos que somos diferentes uns dos outros porque temos pais diferentes, porque viemos de famílias distintas. Ou ainda porque temos crenças diferentes. Talvez tenhamos passado e futuro diferentes.

Da mesma forma que você é diferente para mim, eu também sou diferente para você. E, mesmo assim, nos parecemos. Porque percebo algo similar em mim, posso criar empatia com que ocorre em você.

Caminho com teu movimento. ”

Essa abordagem sistêmica, presente nas Constelações Familiares, oferece uma jornada terapêutica, transformando perspectivas sobre dores e traumas, revelando a força presente em todas as famílias. Toda pessoa tem a oportunidade de vivenciar essa experiência transformadora, pois dentro da narrativa familiar, há uma riqueza de sabedoria que por vezes permaneceu obscura ou subestimada. Ao explorarmos nossa história pessoal, percebemos que cada indivíduo não é superior ou inferior a outro, reconhecendo que somos seres dualistas: coexistem sombras e luz.

Nesse percurso, destaca-se a ênfase na auto responsabilidade em detrimento do autojulgamento, promovendo a aceitação plena de si mesmo e dos eventos passados. Essa aceitação não ocorre de forma passiva ou submissa, mas sim de maneira ativa e participativa.

No contexto da Constelação Familiar, discute-se a busca incessante por aceitação externa em contraponto à aceitação interna. Este ponto de vista destaca a complexa conexão entre a busca por aprovação e as dinâmicas familiares, evidenciando como a falta de aceitação dos pais pode influenciar a autoestima. Este tópico enfatiza que os desafios emocionais muitas vezes têm raízes mais profundas do que inicialmente percebemos.

A prática da Constelação Familiar oferece uma abordagem singular à aceitação pessoal, explorando a compreensão de que somos produtos não apenas de nós mesmos, mas de toda uma linhagem familiar. Podendo assim auxiliar na desconstrução de complexos emaranhados emocionais, permitindo uma aceitação mais profunda e transformadora.

Complexidades da Busca por Aprovação e Alienação Parental

A incessante busca por aprovação revela camadas profundas que vão além do indivíduo, conectando-se intrinsecamente com as dinâmicas familiares e sociais. Sob a lente da visão sistêmica, proposta por Bert Hellinger, percebemos que essa necessidade muitas vezes se enraíza em padrões transgeracionais e relações familiares complexas. Hellinger, renomado psicoterapeuta alemão, destaca a importância de compreendermos as interconexões familiares para desvendar os motivos subjacentes à busca incessante por aprovação.

Muitas vezes pessoas que são criadas em lares onde ocorre alienação parental por uma ou ambas as parte na infância, pode levar a se tornarem adultos com uma forte tendencia a dependência emocional e a necessidade de aprovação. A alienação parental é um processo delicado que ocorre quando um dos pais, intencionalmente ou não, influencia negativamente a criança contra o outro genitor.

Consequências da Alienação Parental na Infância na vida adulta

A experiência de ser alvo de alienação parental na infância pode deixar cicatrizes profundas que persistem ao longo da vida adulta. Muitas vezes, quem passa por isso enfrenta desafios emocionais significativos, como dificuldades para estabelecer relacionamentos saudáveis, problemas de confiança e baixa autoestima.

A Alienação Parental pode ocorrer de diversas formas, quando um dos pais invalida o outro para criança, critica, faz ela escolher um lado ou partido, quando ela se torna conselheira e ouvinte sobre as reclamações de um ou dos dois lado do relacionamento dos dois.

O contato precoce com conflitos entre os pais e a manipulação psicológica podem moldar a maneira como a pessoa vê os relacionamentos, resultando em padrões de interação disfuncionais. Além disso, a alienação parental pode impactar negativamente a saúde mental, contribuindo para quadros de ansiedade, depressão e até traumas psicológicos.

Quando essas consequências chegam na vida adulta é importante a busca de ajuda profissional, para compreender a raiz dessa situação, e assim conseguir traçar um bom plano terapêutico, para que esse cliente consiga encontrar as melhores saídas, e trabalhar no intuito da autoaceitação e autopercepção mais positiva.

Tomando os Pais como os Certos

Quando falamos sobre tomar os pais como certos mesmo em situações complicadas como o caso de Alienação Parental, abuso dos mais diversos tipo ou filhos de pais narcisistas. Aceitar os pais como os certos não significa conviver com eles ou mesmo ter um relacionamento próximo, mas sim entender que dentro da limitação deles deram o seu melhor, mesmo que esse melhor tenha sido apenas a sua vida.

Na visão sistêmica enxergamos o amor principalmente quando adultos pelos pais como um amor longe, ou seja, você não depende mais deles emocionalmente, onde você consegue enxergar que dentro das limitações psicológicas, social, financeira e até mesmo cultural, os pais fizeram o seu melhor com aquilo que podiam e tinham, e só assim conseguimos tomá-los verdadeiramente como certos.

Para essa tomada de consciência é sempre importante lembrar que cada um só pode dar aquilo que tem, nem mais nem menos, e nem sempre aquilo que você precisa é oque eles tiveram para oferecer, pois muitas vezes foi oque também faltou para eles na relação com seus pais.

Como Adultos, conseguimos compreender essas dores que aconteceram na infância, e acolher essa criança, que muitas vezes passou por muitas dores e traumas, e dar para a ela aquilo que faltou, como segurança, apoio emocional, validação entre outras coisas. Mas sabemos que esse nem sempre é um processo simples e descomplicado, e para auxiliar nesse processo a Terapia e a Constelação Familiar podem ser seus maiores aliados.

A relevância do reconhecimento e agradecimento aos pais como parte integral do processo de aceitação. Propõe-se um exercício diário de gratidão, convidando os indivíduos a olharem além das dificuldades familiares e reconhecerem a contribuição única de seus pais para suas vidas.

A aceitação aqui proposta não é superficial; sugere-se um mergulho profundo na essência, reconhecendo que aceitar os pais vai além das palavras e demanda uma compreensão interna se conectando com a própria história e a dos pais. A Constelação Familiar não apenas proporciona uma visão mais abrangente, mas também fomenta uma autêntica e profunda aceitação.

Dicas para Superar a Necessidade de Aprovação:

  1. Identifique Crenças e Comportamentos:
    • Reconheça a diferença entre desejo e necessidade emocional.
    • Evite depender excessivamente da aprovação alheia.
  2. Aceite-se por Quem Você É:
    • Separe aprovação externa de seu valor pessoal.
    • Reconheça que a autoestima é construída internamente.
  3. Decida por Si Mesmo o que Realmente Quer:
    • Defina suas metas e aceite os riscos.
    • Aprenda com os erros para reduzir a necessidade de aprovação.
  4. Crie Novas Crenças Positivas:
    • Substitua crenças irracionais por narrativas positivas.
    • Reforce a ideia de autoaceitação e valor intrínseco.

Esta jornada é uma oportunidade de descobertas e autotransformação. Seja gentil consigo mesmo, cultive o amor próprio e motive-se para se tornar a melhor versão de si. Boa jornada!

Conclusão

Os desafios emocionais, a busca por aprovação, e os traumas decorrentes da alienação parental, a abordagem sistêmica de Bert Hellinger e a prática da Constelação Familiar emergem como ferramentas valiosas.

No desdobramento desta jornada, a ênfase na auto responsabilidade, a compreensão das dinâmicas familiares, e a aceitação ativa de si mesmo revelam-se como elementos essenciais. A abordagem da Constelação Familiar destaca a busca incessante por aceitação, ressaltando as complexas interconexões familiares e seu impacto na autoestima. A visão de Hellinger sobre aceitar os pais como certos, mesmo diante de adversidades como a alienação parental, ilustra a profundidade dessa aceitação.

A alienação parental, mencionada como uma possível origem da busca por aprovação, ressalta a importância de buscar ajuda profissional na vida adulta. Reconhecer as marcas deixadas por essa experiência na formação de relacionamentos e na saúde mental é o primeiro passo para construir uma base sólida de autoaceitação. O texto enfatiza que a terapia e a Constelação Familiar são aliadas poderosas nesse processo de compreensão, cura e transformação.

Ao final, a importância do reconhecimento e agradecimento aos pais são reiterados como elementos-chave no processo de aceitação. Propõe-se não apenas um gesto superficial de gratidão, mas um mergulho profundo na compreensão das contribuições únicas dos pais para a vida de cada indivíduo. A gratidão, nesse contexto, emerge como uma ferramenta poderosa para reconfigurar a perspectiva sobre a relação com os pais e, consequentemente, consigo mesmo.

A aceitação proposta não é somente um ato de reconhecimento externo, mas uma jornada interior de compreensão, aceitação e transformação. Assumir a responsabilidade por nossa própria história, superar desafios emocionais e reconhecer a complexidade das relações familiares são passos fundamentais para trilhar o caminho da autoaceitação e construir relacionamentos mais saudáveis e equilibrados. Este é um convite para uma jornada interior, onde a Constelação Familiar e a terapia se apresentam como guias compassivos nesse caminho de autodescoberta e crescimento emocional.

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